Dia Mundial da Conscientização do Autismo Promovendo a Inclusão e o Entendimento
Celebrado anualmente em 2 de abril, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo busca aumentar a compreensão e promover a inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Inicialmente estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 2007, o dia é uma oportunidade para que os Estados-Membros tomem medidas concretas para melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo e suas famílias. No Brasil, esta data é especialmente relevante, destacando a importância de educar a sociedade sobre o TEA e apoiar a inclusão de indivíduos autistas em todos os aspectos da vida. Mesmo após quase 90 anos desde o primeiro caso documentado de autismo, ainda há muito a ser feito em termos de definição e aplicação de políticas públicas. Para Frederico Afonso, professor de Direitos Humanos do Damásio e pai de três crianças autistas, a falta de compreensão sobre o autismo por parte de pessoas fora do "círculo do TEA" é um desafio diário. Ele destaca a necessidade de inclusão em áreas como escola, atendimento clínico e vida social. A identificação precoce dos sinais de autismo é crucial, conforme explica a psicóloga Suzanne Bandeira, professora do curso de Psicologia do UniFanor Wyden. Ela destaca que os sinais podem ser observados a partir dos primeiros dois anos de vida e incluem atraso no desenvolvimento da linguagem, padrões estranhos de brincadeiras, dificuldades de socialização e alterações sensoriais. “É fundamental que os pais e cuidadores estejam atentos a esses sinais e busquem avaliação especializada para iniciar as intervenções necessárias, o que pode resultar em ganhos significativos no desenvolvimento da criança”, ressalta a professora. O papel do psicólogo no tratamento do autismo é crucial, incluindo o diagnóstico, o tratamento e o apoio aos familiares e cuidadores. O profissional pode utilizar avaliações psicológicas para identificar sinais de autismo e colaborar com equipes multidisciplinares no planejamento de intervenções específicas. Além disso, é importante promover debates e conscientizar a sociedade sobre o TEA, combatendo estigmas e preconceitos. O diálogo contínuo com o poder público também é essencial para garantir o acesso às intervenções necessárias por meio de políticas de saúde adequadas.